A celebração litúrgica da solenidade que faz memória à Santa Mãe de Deus, neste domingo, o primeiro do ano, foi ainda mais permeada de sentimentos e significados.
Reunidos na Igreja Catedral de Nossa Senhora da Penha, vindos dos mais variados recantos da Diocese de Crato, fiéis se despediram do agora bispo emérito, Dom Fernando Panico, ao mesmo tempo em que, agradecidos e jubilosos, acolheram o seu sucessor, Dom Gilberto Pastana.
À cerimônia, estiveram presentes o arcebispo de Teresina (PI), Dom Jacinto Brito, e o bispo emérito de Cajazeiras (PB), Dom José Gonzalez, além de todo o clero diocesano, seminaristas, religiosos e religiosas, leigos e leigas.
Ao despedir-se da diocese, a qual pastoreara durante quinze anos e meio, inspirado no Cântico Evangélico de Zacarias, e com o coração repleto de gratidão e de emoção, Dom Fernando bendisse, louvou e agradeceu a Deus.
“Neste Dia Mundial da Paz, iniciando mais um ano e um novo capítulo da história da Diocese de Crato, minha despedida de vocês é a saudação de Jesus Ressuscitado: ‘A paz esteja com vocês’ […] Com o coração cheio de alegria, vejo o rosto de milhares de amigos. Não sei se semeei muita coisa. Mas recebi ternura, carinho, a amizade de tantos irmãos, em particular os mais pobres. Obrigado, Senhor, muito obrigado. E agora que tu me chamas para uma nova etapa, eu digo: Eu vou. ‘E pelo mundo eu vou, cantar o teu amor, pois disponível estou para servir-te, Senhor’”.
Homenagens
No ofertório, foram postos, em forma de cartazes, os grandes feitos do pastoreio de Dom Fernando, Dos simpósios para o estudo do Padre Cícero, às Santas Missões Populares, o 13º Intereclesial das Cebs, o processo de beatificação da menina Benigna Cardoso, de Santana do Cariri, até o seu maior legado: a reconciliação histórica da Igreja com o “padim” dos romeiros.
Outra homenagem foi prestada pelo padre Adelino Martins Dantas. Falando em nome do clero, ele fez reforçou tais feitos, afirmando que foram frutos de “um pastoreio fecundo e a própria história fará justiça”.
Padre José Vicente, vigário-geral, de igual modo emocionado, felicitou Dom Fernando e confirmou as boas vindas a Dom Gilberto, prometendo-lhe respeito, obediência e pondo-se à disposição do seu pastoreio.
Báculo
A passagem simbólica do báculo, sinal do pastoreio à frente da diocese, representação de Cristo, bom pastor, foi de grande emoção. Dom Gilberto passará a usar, nas solenidades, um báculo dourado, que pertenceu a Dom Francisco de Assis Pires, segundo bispo de Crato, cuja simbologia lembra a fecundidade e a história da diocese.
Em seu pronunciamento ao povo diocesano, o novo bispo, recordando a história do Cariri, suas riquezas naturais, as primeiras missões realizadas pelos franciscanos capuchinhos, a devoção à Mãe da Penha, sob a invocação de “Mãe do Belo Amor”, as “pessoas boas e santas” que figuram no Padre Ibiapina, Padre Cícero e na menina Benigna Cardoso, reafirmou o desejo de continuar a edificação da diocese romeira e missionária, e convidou os fiéis a “juntar forças e unir orações”. “Vamos fortificar e criar comunidades cristãs, viver e expressar a fé, comunhão e participação em pequenas comunidades”, pediu.
(Diocese de Crato)
(Diocese de Crato)
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