O mapa apresenta as Coordenadorias Regionais de Saúde (CRES) e municípios que estão inseridos na vigilância e controle da peste no Estado. ARTE: Diário do Nordeste |
A Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa) emitiu um alerta, nesta segunda-feira (12), para orientar profissionais de saúde sobre a notificação imediata de possíveis casos da doença conhecida por peste humana. Ainda não há registros de casos confirmados ou suspeitos.
A doença infecciosa é transmitida por picadas de pulgas infectadas presentes em roedores. A peste humana, também conhecida por peste bubônica, é contraída quando o homem invade o ecossistema dos animais reservatórios da doença, como ratos, porquinhos-da-índia, capivaras, além de cães e gatos domésticos.
As espécies de pulgas mais comuns nos focos naturais de peste no Ceará são a Pulex irritans e a Xenopsylla cheopis, esta última é a responsável transmitir a bactéria Yersinia pestis e causar a peste negra, pandemia que levou cerca de 75 milhões de pessoas à morte em diversos países da Europa durante o século XIV. Apesar das semelhanças, o médico infectologista Anastácio de Queiroz faz um alento:
“Casos da doença, teoricamente, podem ocorrer no Estado, mas os alertas geralmente não indicam indícios de infestações. Nós temos um ambiente propício, além disso, as doenças não têm mais fronteiras, claro que em uma eventualidade pode haver de uma pessoa ser infectada”, explica o especialista.
No Ceará, a Sesa afirma que as áreas de vigilância são as serras da Ibiapaba, Baturité, Pedra Branca, Machado, das Matas, Uruburetama e do Araripe.
“A persistência desses focos deve ser considerada uma ameaça real e permanente de acometimento humano nessas regiões, que pode estender-se para outros lugares, inclusive centros urbanos, tornando-se imperativo que os técnicos de saúde estejam preparados para lidar com o problema”, informa a nota emitida pela Secretaria de Saúde.
Casos e sintomas
No Nordeste, os casos de peste humana ocorreram nos estados do Ceará e Paraíba, quando na década de 1980 foram notificados 76 casos com a ocorrência de três óbitos. No período de 1994 a 1997, conforme a Sesa, o Estado confirmou mais três casos da doença: dois em Guaraciaba do Norte e um em Ipu. O último caso de peste humana no Ceará foi confirmado em 2005, no município de Pedra Branca.
Entre os sintomas da peste bubônica estão mal-estar, abatimento, dor de cabeça, vômitos, febre alta e arrepios. Quando mais grave, ela é chamada de peste pneumônica, que evolui para dores intensas, escarros com sangue e pulso acelerado. (Diário do Nordeste) Principal
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