Em documento divulgado no dia 9 de abril, a entidade defende que a medida é a estratégia fundamental para evitar “disseminação rápida e ampliada” do novo coronavírus. O decreto em vigor no Estado tem prazo até a próxima segunda-feira, 20.
Horas após a publicação do decreto que prorrogava a quarentena obrigatória e autorizava o funcionamento de feiras de gêneros alimentícios e de boa parte dos setores da indústria produtiva, o governador Camilo Santana (PT) revogou a medida. O recuo, conforme o chefe do executivo, foi feito após argumentação do Comitê de Saúde e de equipes técnicas.
Na nota técnica, a Famed critica o foco apenas em ações voltadas para os casos sintomáticos respiratórios e/ou para populações de maior risco, como pessoas idosas. Essa, conforme o texto, “é reconhecidamente uma estratégia insuficiente, permitindo o agravamento das consequências danosas da pandemia à saúde e à vida da população”. O documento defende que a flexibilização das medidas de distanciamento social “apresentou resultados dramáticos em países como Itália, Inglaterra e Estados Unidos”.
A Famed pondera o impacto socioeconômico que as medidas atuais de enfrentamento à pandemia podem impor à sociedade. “Porém os efeitos sobre a saúde e a vida das pessoas seriam ainda mais devastadores, devendo ser prioritariamente considerados”, destaca.
A entidade defende ainda a ampliação da realização de testes para o diagnóstico do SARS-CoV-2 na rede do Sistema Único de Saúde (SUS). Isso deve possibilitar a melhor definição para o retorno às atividades da vida diária das pessoas recuperadas, inclusive dos profissionais de saúde, além do “planejamento da transição para níveis menos restritivos de isolamento social”. (O Povo)
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