Juazeiro do NorteA proposta do índice de reajuste salarial foi definido pela categoria em assembleia realizada no final do ano passado e será discutida amanhã, 28, durante reunião entre a diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juazeiro do Norte (Sinsemjun) e o secretário de Administração e Finanças do município, Evaldo Soares.

Na assembleia que definiu os índices da Campanha Salarial 2018 os servidores também estipularam o mês de março como data limite para as negociações. Caso não haja acordo entre as partes envolvidas nas negociações, os servidores prometem entrar em greve já nos primeiros dias de abril.

Os percentuais de reajuste, que deveriam ter sido concedidos no mês de janeiro, têm como base a inflação de 2017, somadas as perdas registradas no ano passado, que equivalem a 4% do salário base da categoria, conforme o Sinsemjun.

“Há distorções salarias em diversos setores do serviço público em Juazeiro do Norte que precisam ser sanadas; como é o caso do salário da Guarda Municipal, de diversos servidores da Educação, dos trabalhadores de nível técnico da Saúde, dos profissionais mecânicos de máquinas pesadas, operadores de máquinas e tratoristas, dentre muitos outros. O percentual de reajuste está dentro da realidade das perdas que a categoria vem sofrendo desde o ano passado”, aponta o presidente do sindicato, Marcelo Alves.

Ele observou que, embora a gestão municipal saiba da necessidade de iniciar o ano financeiro discutindo com a categoria os índices de reajuste salarial, o governo ainda não esboçou qualquer proposta em relação ao tema.

“Nós esperamos que essa apresentação aconteça na reunião de amanhã. No ano passado, o governo Arnon Bezerra conseguiu empurrar o reajuste salarial para o mês de julho. Este ano, no entanto, a situação será diferente. Caso não haja acordo até o final de março, como ficou decidido pela categoria nas assembleias, a possibilidade de greve é muito grande”, avaliou o sindicalista.

Conforme Marcelo Alves, um percentual mínimo de reajuste, objetivando um possível acordo entre a categoria e o município, também já foi deliberado. “Os servidores decidiram que qualquer proposta abaixo de 4% de reajuste salarial não é aceitável. Acima deste percentual, o Sindicato convoca uma assembleia e discute o percentual com a categoria. No caso dos professores, no entanto, o piso para o reajuste é de 6,81%. Qualquer proposta abaixo disso impede avanço nas negociações”, ressaltou.

A reportagem procurou a Prefeitura para tratar sobre o assunto. Através da Assessoria de Comunicação do Município, a gestão limitou-se a informar que “a reunião para tratar do reajuste será amanhã às 9h, no Gabinete. Estarão presentes representantes do Sindicato e o secretário de Administração e Finanças, Evaldo Soares”.

A Assessoria comprometeu-se a repassar, ao fim da reunião, maiores informações sobre as negociações.        (robertocrispim.com.br)

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