Trabalhadores dos Correios entram em greve em Alagoas. FOTO: Marcos Rolemberg |
Balanço
da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e
Similares (Fentect), que engloba 31 sindicatos, mostra que paralisação atinge
os estados do Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais,
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio
Grande do Norte, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo
(regiões de Campinas, Ribeirão Preto, São José dos Campos, Santos e Vale do
Paraíba), além do Distrito Federal. Roraima ainda não se decidiu.
Amazonas,
Amapá e Sergipe estão em estado de greve, segundo a Fentect. Isso quer dizer
que a qualquer momento os sindicatos podem decidir pela paralisação.
O
Sintect, de Segipe, informou que assembleia realizada na sexta-feira (9)
decidiu pela não adesão à greve. A assessoria dos Correios no estado disse que
as 89 agências próprias estão abertas e funcionando normalmente.
Além
da Fentect , outra federação representa os trabalhadores da categoria, a
Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos
Correios (Findect), que tem cinco sindicados filiados. Todos aderiram à greve:
São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, Tocantins e Bauru (SP).
As
agências franqueadas não estão participando da greve, mas elas representam
cerca de 15% do total.
No
Cariri
De
acordo com o Gerente Regional dos Correios, José Cartaxo, em Juazeiro do Norte
cerca de 18 carteiros paralisaram. Isso representa 50% do efetivo da
distribuição, ou seja, os funcionários que fazem as entregas de encomendas e
cartas nas residências. Já na área de atendimento das agências o
funcionamento permanece normal.
A
ordem de prioridade da entrega será das correspondências Sedex e em seguida,
boletos bancários. Cartaxo disse que a empresa está estudando uma forma de
minimizar os prejuízos à população.
Reivindicações
Entre
as razões para a greve estão plano de carreira e retirada de benefícios.
Veja
abaixo:
alterações
no Plano de Cargos, Carreiras e Salários
cobrança
de mensalidades e retirada de dependentes do plano de saúde
suspensão
de férias a partir de abril para cargos de carteiros, atendentes e operadores
de cargas
redução
da carga horária e do salário de funcionários da área administrativa
extinção
do cargo de operador de triagem e transbordo (responsável pelo processo de
tratamento e encaminhamento de cartas e encomendas)
fechamento
de mais de 2.500 agências próprias por todo o Brasil
não
realização de concurso público desde 2011 e planos de demissão voluntária, que
reduziram o número de funcionários
Segundo
os Correios, a questão do plano de saúde foi discutida “exaustivamente” com as
representações dos trabalhadores, tanto no âmbito administrativo quanto em
mediação pelo Tribunal Superior do Trabalho e que, após diversas tentativas sem
sucesso, a forma de custeio segue para julgamento pelo TST.
A
empresa aguarda uma decisão conclusiva para tomar as medidas necessárias, mas
ressalta que já não consegue sustentar as condições do plano, concedidas no
auge do monopólio, quando os Correios tinham capacidade financeira para arcar
com os custos. (G1 e Portal
Badalo)
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