Responsável
por 173 óbitos no ano passado, a febre chikungunya ainda
não fez vítimas no Ceará em 2018. Conforme a última atualização semanal doenças
de notificação compulsória, que abrange os casos confirmados no Sistema de
Informação de Agravos de Notificação Compulsória (Sinan), do Ministério da
Saúde, neste ano foram registrados 342 casos até a semana
epidemiológica 13, que compreende o período entre 1 de janeiro e 31 de
março. No ano passado, foram 103.007 casos confirmados em todo o estado.
No
entanto, outro arbovírus — doença transmitida por picada de mosquito — já gerou
vítimas. Nas primeiras semanas, a dengue acumulou 697 casos em 35
municípios, sendo 8 deles considerados graves e com o registro de 4
mortes (três em Fortaleza e um em Solonópole). Em 2017, foram registrados 24.879
casos, com taxa de incidência calculada em 277,6 por 100 mil habitantes.
No
que diz respeito ao zika vírus, foram contabilizados 16 casos, sendo 6 em
mulheres gestantes. A transmissão do vírus pode resultar na microcefalia,
uma malformação congênita que não permite desenvolvimento adequado do cérebro
de crianças.
Em
Fortaleza, atualmente, estão sendo executadas 18 ações prioritárias no intuito
de combater as doenças oriundas do Aedes Aegypti, baseadas no Plano 2018 do
Comitê Permanente Intersetorial de Enfrentamento às Arboviroses. Atualmente, a
Prefeitura está conduzindo um estudo que analisa os fatores de risco associados
aos óbitos, excesso de mortalidade, taxa de cronicidade, componente neurológico
e formas de transmissão. No total, foram liberados R$ 500 mil para o
financiamento do projeto. Neste ano, 495 pessoas foram vítimas de
arboviroses na Capital.
Além
do estudo em curso, foram desenvolvidas uma série de ações estratégicas e
preventivas em âmbito municipal para o enfrentamento ao mosquito no ano
passado, como a vigilância e o controle do vetor, monitoramento de imóveis,
inspeção de pontos estratégicos, entre outros. Ao todo foram realizadas
2.174.907 visitas domiciliares (casa a casa no combate à larva) e 82.819
visitas domiciliares especiais (mutirões), além de outras atividades de
combate. As ações foram executadas em meio a um dos piores
cenários epidêmico de arboviroses registrado nos últimos 30 anos. (Diário do Nordeste)
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