Luiz Gustavo na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, da USP. - Vinicius Mendes, na entrada do evento. |
Jovens
cientistas do Cariri participaram da 16ª edição da Feira Brasileira de Ciências
e Engenharia (Febrace), uma das mais expressivas no campo. Realizada entre os
dias 13 e 15 de março desse ano, a feira aprovou quatro projetos de duas
escolas de Juazeiro do Norte. Dos 9 estudantes selecionados a participarem da
feira, três compareceram e dois foram premiados no evento.
A
Febrace é uma feira anual organizada pela Universidade de São Paulo (USP), que
acontece na Escola Politécnica (Poli-USP), com o objetivo de propor a
aproximação entre ensino básico e o científico. Participam alunos de escolas
públicas e privadas cursando 8º ou 9° ano do Ensino Fundamental, Ensino Médio
ou Técnico e que não tenha 20 anos completos. “Fora a Febrace, não conheço
nenhuma outra feira científica com semelhante proposta pedagógica no Brasil”,
afirma o professor Ricardo Fonseca, orientador de três dos projetos
selecionados. “Há o estímulo para despertar novos pesquisadores e não
concorrentes”.
O
professor Ricardo explica ainda que a participação dos alunos na Febrace é
resultado de maior esforço e estímulo das escolas da região em despertar o
interesse dos estudantes na pesquisa científica. Luiz Morgado, 16, apresentou
um novo protótipo do seu já premiado Dessalinizador
Vertical Fototermofuncional e trouxe para casa o 2ª lugar de
melhor projeto na área de Engenharia, o 1º lugar no Prêmio Mentalidade
Marítima, mérito da Defesa Civil e da Sociedade Brasileira para Jovens
Talentos. Luiz já tem passaporte garantido para a Feira de Ciências MILSET, em
Fortaleza, e Feira Genius, que reúne 72 países em Nova York.
Já
sua colega, Priscila Pereira Mota, 16, cursando o 3º ano do Ensino Médio,
desenvolveu o projeto Entendendo
a Geometria Molecular através do Movimento Maker e ganhou o
direito de publicar sua pesquisa e resultados no periódico científico
InCiência, do Colégio Dante Alighieri, um dos mais tradicionais do país.
Outro
projeto caririense também apresentado na Febrace foi o Redimensionamento das instalações prediais como
forma de otimizar o consumo, proteger a instalação elétrica e diminuir o
impacto ambiental desenvolvido pelo jovem cientista Vinícius
Mendes Felix. Em comum, além pela paixão pelo conhecimento, os três atuam pelo
programa escolar Paraíso Sustentável, do Colégio Paraíso, em Juazeiro do Norte.
Representando
as escolas públicas, Bruno Paulo Pinheiro e Francisco Welysson Ferreira,
cursando o 2º ano do Ensino Médio na E.E.M.T.I. Tiradentes, também em Juazeiro
do Norte, foram selecionados para compartilhar suas descobertas com o
experimento do projeto Folhas
Sescas, orientado pelo professor João Tenório.
No
entanto, por falta de recursos financeiros estatais para bancar translato,
hospedagem e alimentação, os estudantes foram impossibilitados de apresentar
seu projeto desenvolvido ao longo de 4 anos de pesquisa e atividade. Este mesmo
projeto, também foi aprovado na Feria
Latinoamericana de Empreendedorismo, Ciencia y Tecnologia, no
Equador, e também não poderá comparecer pelas mesmas limitações financeiras.
CONHEÇA
OS PROJETOS
Entendendo
a Geometria Molecular através do Movimento Maker
Com
o objetivo de otimizar a compreensão da Química Orgânica e baixar os custos dos
materiais de estudo e pesquisa, Priscila Mota desenvolveu um molde de acrílico
para construir moléculas, nesse molde contém os ângulos, a hibridação e as
ligações.
Redimensionamento
das instalações prediais como forma de otimizar o consumo, proteger a
instalação elétrica e diminuir o impacto ambiental
Em
função de diminuir os gastos com eletricidade e otimizar o consumo consciente,
o projeto torna possível o redimensionamento das instalações elétricas da
comunidade.
Dessalinizador
Vertical Fototermofuncional
Neste
projeto foi desenvolvido um protótipo com materiais baratos e de fácil acesso,
que reaproveita até 80% de um litro de água salobra, deixando-a possível de ser
reutilizada.
Folhas
secas no chão da escola: vida e reciclagem
O
projeto consiste na ação de reciclar folhas secas para a produção de biojóias,
carvão ecológico e composteira escolar. (Site Cariri Revista)
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