IBGE: Desigualdade se agravou no Nordeste em 2017.
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Mauri Melo
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Em
2017, as desigualdades sociais se agravaram em quatro das cinco grandes regiões
do Brasil. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad) Contínua divulgada nesta quarta-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) que mostra que, no Nordeste, o Índice de Gini -
indicador mede a desigualdade de renda - referente ao rendimento médio real subiu
de 0,545, em 2016, para 0,559, em 2017.
É
o pior resultado do País. O índice de Gini mede a concentração de uma
distribuição e varia de zero (perfeita igualdade) até um (desigualdade máxima).
No Brasil, este índice foi de 0,525 em 2016 para 0,524 em 2017.
À
exceção do Sudeste, que passou do segundo maior índice em 2016 (0,520) para o
segundo menor em 2017 (0,510), o resultado de todas as demais regiões caíram.
No Norte, passou de 0,539 para 0,544; no Sul, de 0,473 para 0,477; e no
Centro-Oeste, de 0,523 para 0,536.
No
Brasil, os 10% da população mais rica detém 43,3% da massa de rendimentos do
país, enquanto a parcela dos 10% com os menores rendimentos detém 0,7% desta
massa.
O
estudo do IBGE mostrou ainda que 1% da população brasileira com maiores
rendimentos recebeu no ano passado, em média, R$ 27.213. O valor é 36,1 vezes
maior que o rendimento médio dos 50% da população com os menores rendimentos
(R$ 754). Na região Nordeste essa razão foi de 44,9 vezes.
E
apesar do rendimento médio real per capita, considerando todas as fontes de
renda, ter subido no Nordeste de R$ 1.405, em 2016, para R$ 1.429, em 2017,
esta continua sendo a média mais baixa do País. (O Povo)
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