A
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de aprovar um tratamento inédito para psoríase,
doença imunológica que atinge cerca de 5 milhões de brasileiros. Guselcumabe é o primeiro
medicamento biológico que atua especificamente na proteína interleucina (IL) 23
– um dos principais mediadores inflamatórios da doença. A terapia demonstrou
potencial de proporcionar, já a partir das primeiras duas doses, o controle do
tipo mais comum da doença – a psoríase em placas - em pacientes com as formas
moderada a grave.
A
psoríase se apresenta em forma de placas, ou seja, lesões avermelhadas e elevadas,
com escamas prateadas ou esbranquiçadas, em diversas regiões do corpo.
“Trata-se de uma doença que carrega estigmas e prejudica a saúde física e
emocional dos pacientes. Por atuar de forma bastante específica, guselcumabe
traz um resultado transformador”, comenta Telma Santos, Diretora Médica da
Janssen Brasil.
Dados
do estudo clínico 'Voyage' demonstraram que sete em cada 10 pacientes
tratados com o medicamento tiveram melhora
de 90% dos sinais da psoríase após seis meses de uso do
produto. Considerando o mesmo intervalo de tempo, o medicamento também
apresentou eficácia 20% superior na redução das lesões em comparação ao
adalimumabe, uma das atuais opções terapêuticas para a doença.
O
medicamento desenvolvido pela empresa Janssen, possibilitou ainda a manutenção
desses resultados a longo prazo já que, após um ano e meio, 86% dos pacientes
conservaram o índice de 90% de redução das lesões de pele, conforme dados
apresentados recentemente no congresso da Academia Americana de Dermatologia
(AAD). Trata-se de um anticorpo monoclonal, aplicado por injeções subcutâneas,
a cada oito semanas, após duas doses iniciais. Agora, o produto passará por processo de aprovação de preço na
Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). (Diário do Nordeste)
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