Com capacidade máxima de armazenamento de mais de
5
milhões de m³, a barragem do Rio Cocó foi construída para conter
o excedente de água na quadra chuvosa. FOTO: Cid Barbosa
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A
barragem do Rio Cocó, no conjunto Palmeiras, em Fortaleza, sangrou neste
domingo (24). É a 5ª barragem do Estado a sangrar em 2019, segundo o
Portal Hidrológico da Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh). O
reservatório atingiu 100% da capacidade após a chuva de 120,3 mm que atingiu a Capital entre as 7h do
sábado (23) e as 7h deste domingo.
O açude
Maranguapinho, em Maranguape, na Região Metropolitana de Fortaleza, sangrou
no sábado (23) e, antes dele, o Germinal, no município de Palmácia; o
Tijuquinha, em Baturité; e o São José, na cidade de Boa Viagem, também chegara
aos 100% da capacidade. Oito açudes estão com volume acima de 90%.
Com
capacidade máxima de armazenamento de mais de 5 milhões de m³,
a barragem do Rio Cocó foi construída para conter o excedente de água
no período mais intenso da quadra chuvosa na Capital, evitando alagamentos em
bairros vulneráveis. No total, o investimento foi da ordem de R$ 105 milhões.
Maiores
açudes têm situação crítica
Apesar
da boa notícia, os principais açudes do Ceará seguem em situação crítica. O
Castanhão, principal reservatório a abastecer a Região Metropolitana de
Fortaleza, tem apenas 3,49% da capacidade máxima. Já o Orós, segundo maior
açude do estado, tem 5,39% do volume máximo e corre o risco de chegar ao volume morto neste ano.
Apesar
da gravidade da situação, há motivos para ter esperança. Em janeiro, o Ceará
estava com 42,03% do seu território sem seca relativa. O cenário é o
melhor a o Estado desde que a situação da seca do Nordeste começou a ser
monitorada regularmente, em julho de 2014.
De
acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos
(Funceme), a área sem seca era de 7,55%, em dezembro de 2018, o que representa
uma diferença de 34,48% em comparação com o mês passado. Em relação a janeiro
do ano passado, a situação é ainda mais positiva, pois há um ano o Ceará não
apresentava nenhuma porção do seu território sem seca.
Chuvas
em fevereiro já superam média histórica
O
sangramento de reservatórios está relacionado aos bons volumes de chuva no
Ceará. Neste mês de fevereiro, o primeiro da quadra chuvosa, o acumulado de
precipitações é de 145,4 milímetros, número 22,5% maior que a média histórica
para o período no Estado. Os dados são preliminares e pode sofrer alterações. (Diário do Nordeste)
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