A
região do Cariri possui 18.396 doadores de medula óssea, segundo dados do
Hemocentro Regional de Crato. O número é considerado baixo, pois perfaz apenas
1,92% de uma população composta por 932 mil habitantes caririenses. O medo do
transplante e a falta de informações são os principais obstáculos para as
doações no Brasil e, principalmente, tardam ou impedem a cura de pessoas que
precisam de uma medula saudável. Em 2018 foram feitos 355 transplantes em todo
o Brasil, número menor do que em 2017 (392) e 2016 (381).
O
transplante de medula é indicado em casos de doenças que comprometem o sangue,
como a leucemia e a anemia aplástica grave, além da maioria dos tipos de
leucemia. Os hemocentros do Cariri atuam como captadores de amostras para o
Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) e conscientizam para que
a quantidade de doadores seja ampliada na região.
O
cadastro é feito somente uma vez, por pessoas com idade entre 18 e 55 anos.
Outros requisitos também devem ser preenchidos. O doador precisa se dirigir até
o hemocentro da cidade em que reside, com documentos pessoais (RG e CPF).
Depois de preencher uma ficha cadastral e assinar um termo de consentimento,
será retirada uma amostra de 7ml de sangue para fazer o exame de
histocompatibilidade (HLA), que identificará a característica genética do
doador.
A
coordenadora da captação de medula óssea do Hemonúcleo de Juazeiro do Norte,
Edivânia Ferreira, esclarece que o procedimento é simples. Ela enfatiza, por
outro lado, o tamanho da necessidade das pessoas que precisam da doação.
“Há
casos em que a pessoa só fica curada se receber a doação de uma medula saudável.
É um procedimento simples que, realmente, quem necessita do cadastro de medula
óssea depende da solidariedade de alguém. Quanto mais pessoas estiverem no
banco de dados do Redome, mais as chances de aquelas pessoas que estão
necessitando aumentam”, detalha Edivânia.
Em
caso de compatibilidade, o doador é acionado e novos testes são feitos. Para a
doação não há necessidade de internação ou recebimento de anestesia. A coleta é
feita por aférese e o doador tem as células retiradas sem dor.
(Jornal do Cariri)
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