Desfile de muitas cores na Terreirada Cearense, na Quinta da Boa Vista. FOTO: Marcelo Regua |
O
bloco se destaca também pelo colorido e fantasias que remetem aos festejos do
Nordeste. Líder do bloco, Junú, que é de Juazeiro do Norte, explica que o
enredo deste ano lembra o movimento do Caldeirão de Santa Cruz do Deserto,
massacrado no Cariri em 1930.
—
A comunidade foi destruída por forças militares sob o argumento de que eram
comunistas e fanáticos. Contra eles, foram lançados bombardeios aereos. Vamos
contar essa história com muita poesia - diz o músico, que canta sobre pernas de
pau.
Além
das fantasias ligadas ao Nordeste, com direito a muito chapéu de Lampião
espalhado pela Quinta, os foliões usaram a criatividade também para criticar.
As laranjas, na moda, estão presentes. O administrador Ulisses Lima foi de
"guardião das laranjas".
—
Fui procurar laranjas de plástico na Saara, mas já estão até em falta - conta
ele, obrigado a montar a fantasia com tangerinas.
—
Tem que ter crítica, tem que alfinetar. carnaval não é só mero entretenimento.
O
pessoal do bloco distribuiu para a mulherada tatuagens de Não é não".
Sessenta pernaltas acompanharam o bloco, que conta com 170 ritmistas. (Jornal
Extra)
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