FOTO: José Leomar |
A
polêmica começou quando André Fernandes disse, na tribuna, que recebe,
diariamente, denúncias de parlamentares - sem citar nomes -, envolvidos com
facções criminosas.
“Qual
moral tem deputado envolvido com facção para falar de segurança, sobre
moralidade, respeito e ética. Os deputados estão sendo controlados. É algo
obscuro. Tenho foro privilegiado. Quem tiver achando ruim que se exploda”,
esbravejou.
Os
deputados reagiram. Elmano
de Freitas (PT) cobrou nomes de Fernandes. O deputado
disse que a acusação merece representação no Conselho de Ética. “Quero que
exploda a irresponsabilidade dele, a arrogância dele. Não é possível qualquer
colega subir na tribuna e dizer que essa Casa tem ladrão. Não seja frouxo!
Tenha coragem e apresente os nomes. A paciência dessa Casa foi muito além do
que deveria”, criticou.
O
presidente da Casa, deputado José
Sarto (PDT), disse que a acusação de Fernandes foi “infeliz” e que cabe
um processo por quebra
de decoro parlamentar.
“O
Código de Ética exige que é dever do deputado tratar a todos com respeito e
acho que temos que debater esse assunto, pelo que vi o deputado foi infeliz.
Existem mecanismos no Código de Ética para discutir esse assunto”.
Partidos
já articulam uma representação contra André Fernandes no Conselho de Ética
Parlamentar. Antes de abrir um processo, a representação deve ser analisada
pelo ouvidor da Casa, deputado Romeu
Aldigueri (PDT), se for acatada, ela é encaminhada para o
Conselho, que é presidido pelo deputado Antônio Granja (PDT). Em casos extremos,
parlamentares nesta situação podem até perder o mandato.
O
deputado André Fernandes (PSL) não compareceu à sessão desta quinta-feira.
Procurado para comentar o assunto, o parlamentar não foi localizado até o
fechamento desta reportagem. (Diário
do Nordeste)
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