O
mercado de trabalho brasileiro continua bastante deteriorado e vem crescendo o número de desempregados que estão nesta
situação há mais de dois anos, avaliou o Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea) em estudo publicado nesta terça-feira (18). A melhora
dessa situação depende da aprovação da reforma da Previdência no segundo
semestre, indica o estudo.
"Se, no primeiro trimestre de 2015, 17,4% dos desocupados estavam nessa situação (desempregados há mais de dois anos), no mesmo período de 2019, este porcentual avançou para 24,8%, o que corresponde a 3,3 milhões de pessoas", disse o Ipea em análise feita com base em micro dados na Pnad Contínua.
O Ipea destacou que as mulheres foram as mais afetadas por esta condição no primeiro trimestre do ano, na comparação com o primeiro trimestre do ano anterior, representando 28,8% do total de desempregados há mais de dois anos, enquanto os homens representam 20,3%. As regiões Norte e Nordeste são as mais afetadas, segundo o Ipea.
Já em análise dinâmica dos dados, na comparação com o primeiro trimestre de 2015, os grupos que apresentaram maior incremento nas suas populações desocupadas há mais de dois anos foram os homens, os trabalhadores mais jovens e os com ensino médio completo, cujas proporções saltaram de 11,3%, 15% e 18,5%, respectivamente, para 20,3%, 23,6% e 27,4%, no período. (Estadão)
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