Um
dia após vetar a gratuidade das bagagens em voos domésticos, o presidente Jair
Bolsonaro (PSL) argumentou que o passageiro que quiser carregar mais de dez
quilos em viagens nacionais deve
pagar por isso e que o objetivo da medida é aumentar a
concorrência no setor aéreo.
Bolsonaro
falou com jornalistas após cerimônia de hasteamento da bandeira nacional. O
presidente afirmou que a decisão foi tomada porque empresas menores diziam
que a
gratuidade seria um empecilho para elas.
"Até
10 quilos está liberado. Com todo respeito, quem fizer uma viagem e quer levar
mais de 10 quilos, se quer levar mais de 10 quilos, pague", ressaltou.
Bolsonaro
disse ainda que sempre viajou sem malas e que acabava pagando pelos que levavam
bagagem gratuitamente. "Você está pagando R$ 500 a passagem, eu
paguei R$ 1.500.
A diferença de R$ 1.000,
esse é o grande problema que nós temos", afirmou.
Na
última segunda-feira (17), ao vetar a gratuidade das bagagens em voos
domésticos, Bolsonaro apontou "razões de interesse público e violação ao
devido processo legislativo". O prazo
para sanção da MP se esgotava na segunda.
Antes
de decidir vetar, Bolsonaro havia cogitado sancionar integralmente a medida que
libera 100% do capital de companhias aéreas a empresas estrangeiras. No
entanto, foi aconselhado pela equipe econômica a vetar o trecho para estimular
o aumento de competitividade do mercado.
Especialistas
do setor afirmavam que a gratuidade das bagagensimpediria a entrada de empresas de baixo custo no país,
em meio à crise da Avianca, que entrou com pedido de recuperação judicial no
final do ano passado e cancelou uma série de voos no país.
A
medida provisória (MP) que abre 100% do
setor aéreo ao capital estrangeiro foi apresentada pelo governo de Michel Temer
e aprovada pelo Congresso em maio.
(Folhapress)
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