FOTO: Antonio Cruz |
O
Enem 2019 foi aplicado no dia 3 e neste domingo. Ao todo, cerca de 3,9 milhões
de estudantes de todo o país participaram de pelo menos um dia de prova. Na
análise de especialistas, o exame deste ano foi mais conteudista que de anos
anteriores.
“[O
estudante] não vai precisar mais ficar buscando nos manuais de esquerda ou de
direita ou em qualquer lugar que seja, ideologias”, disse. “Como foi para a
redação. [O participante] poderia escrever uma redação de esquerda, de direita
ou técnica. Queremos apenas ver quem sabe elaborar uma boa redação. As questões
foram feitas com esse intuito, selecionar as pessoas mais bem preparadas”. O
tema da redação este ano foi Democratização do acesso ao cinema no Brasil.
Segundo
o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, as questões deste ano foram todas retiradas
do Banco Nacional de Itens (BNI), e já estavam elaboradas. Para integrar o BNI,
as questões passam por um longo processo de aprovação e testagem.
“Não
houve direcionamento para mais ou menos conteudistas”, disse Lopes. “O que
houve foi a equipe buscando dentro do Banco de Itens uma prova equilibrada, que
cobrisse matrizes do Enem. Para oferecer às universidades um conjunto de alunos
com boas notas, para escolherem os melhores para seus cursos”.
Neste
ano, o Inep criou uma comissão para definir o que não seria usado no Enem 2019.
De acordo com nota técnica publicada pela autarquia, a comissão, criada no dia
20 de março deste ano, deveria “identificar abordagens controversas com teor
ofensivo a segmentos e grupos sociais, símbolos, tradições e costumes
nacionais” e, com base nessa análise, recomendar que tais itens não fossem
usados na montagem do exame deste ano.
A
comissão concluiu o trabalho no começo de abril. No entanto, pelo caráter
sigiloso do BNI, o resultado não foi divulgado. O Inep esclareceu que como a
elaboração de um item é um processo longo e oneroso, nenhum item será
descartado. Eles poderão ser posteriormente adequados. (Agência Brasil)
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