FOTO: Marcelo Camargo |
A
estratégia está em elaboração pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações
e Comunicações (MCTIC), com auxílio de uma consultora contratada, a professora
de Ciência da Computação Rosa Maria Viccari, da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul.
Em
debate na 5a Semana de Inovação, a representante do MCTIC Karla Cavalcanti
informou que estão sendo avaliadas experiências de quase 30 países para
formular a proposta. Após a consulta, os comentários serão consolidados e a
estratégia será publicada como uma política nacional para o setor.
“Estamos
cada vez mais colocando órgãos e entidades privadas. A tendência é que cada vez
mais a gente vá construindo esse documento com todo mundo. E a consulta pública
vai dar oportunidade para cada profissional ou pesquisador que trabalha com o
tema de colocar suas opiniões”, disse Karla Cavalcanti.
O
representante do Tribunal de Contas da União (TCU) Wesley Vaz destacou a
importância de fortalecer a formação nas carreiras relacionadas à área. Ele
citou dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)
segundo os quais os egressos de cursos de ciência e tecnologia são 8% menores
do que a média da organização.
“Temos
dificuldade de [encontrar] pessoas que possam lidar com inteligência
artificial, tanto no serviço público quanto no setor privado. Temos poucas
pessoas e a formação não necessariamente discute o assunto de imediato”,
comentou Vaz.
O
chefe de inteligência artificial da empresa Neoway, Ricardo Fernandes,
ressaltou que, atualmente, faltam trabalhadores com qualificação na área.
“Muitas vezes, as empresas ficam brigando por poucos engenheiros. E outros
acabam saindo do país, pois recebem em outra moeda e ganham benefícios”,
comentou.
O
consultor do Senado Jacson de Medeiros relatou a experiência francesa, que
transformou quatro centros de pesquisa em locais dedicados ao desenvolvimento
de soluções em inteligência artificial, com quadro próprio de pesquisadores.
Uma das medidas para reter os talentos foi dobrar o salário dos profissionais
para evitar a evasão.
Centros
de pesquisa
Ontem,
o titular do MCTIC, Marcos Pontes, anunciou na Semana de Inovação a criação de
oito centros de pesquisa em inteligência artificial. Um dos laboratórios será
para pesquisa “pura”. Outros quatro serão voltados para áreas elencadas na
Política Nacional de Internet das Coisas: saúde, agricultura, indústria e
saúde. O quarto centro terá como objetivo desenvolver aplicações de governo. (Agência Brasil)
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