FOTO: Marcelo Camargo |
A
Superintendência de Seguros Privados (Susep), inclusive, já enviou uma proposta
para o Ministério da Economia sobre o assunto. Segundo a Reuters apurou, o tema
poderá ser tratado via medida provisória (MP). Pela proposta, o DPVAT seria
extinto a partir de 1º de janeiro de 2020.
Em
entrevista à Reuters nesta sexta-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou
a investida, frisando que a ideia é abolir
o DPVAT já no ano que vem.
Ele
lembrou que o compromisso do governo Jair Bolsonaro é "tirar do
cangote" das pessoas e empresas o peso de alguns encargos.
"É
algo que o consumidor talvez aprove e tem que ver como vai ficar a indústria
que vive disso", disse.
Para
cobrir as indenizações do seguro até 2026 por acidentes ocorridos até o fim
deste ano, a seguradora Líder, responsável pelo pagamento do DPVAT, repassaria
ao Tesouro R$ 1,25 bilhão em cada um dos próximos três anos, conforme proposta
atualmente em estudo. Isso aconteceria por intermédio da Susep.
Hoje,
o valor anual recolhido a título de DPVAT dos donos de veículos é de cerca de
R$ 2,3 bilhões. Por lei, 45% desse montante deve ser repassado ao SUS (Sistema
Único de Saúde), com os 5% sendo direcionados ao Denatran.
De
acordo com números internos, a avaliação é que, já estimadas as obrigações de
repasse e as indenizações a vítimas de acidentes até o fim de 2019, ainda
restariam em torno de R$ 4,8 bilhões livres para a seguradora Líder.
A
Líder é um consórcio de 73 seguradoras que administra o DPVAT. Entre suas
participantes, estão empresas como AIG Seguros, Caixa Seguradora, Bradesco
Seguros, Itaú Seguros, Mapfre, Porto Seguro, Omint, Tokio Marine e Zurich
Santander.
Mais
cedo neste ano, a superintendente da Susep, Solange Paiva, já havia dito
publicamente que o modelo do DPVAT estava sob revisão, também criticando sua
estrutura de monopólio.
Procurada
nesta sexta-feira, a Susep informou à Reuters que não comentaria o assunto. (Folhapress)
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