Mandados foram cumpridos na Secretaria de Educação de
Crateús
FOTO: Tony Sales
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Cinco servidores da Secretaria
Municipal de Educação de Crateús foram alvo de mandados de prisão preventiva,
busca e apreensão por envolvimento em um esquema criminoso de desvio de dinheiro
na prefeitura. A Operação Rachadinha, foi deflagrada na manhã desta terça-feira
(19), pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE).
Entre
os atos ilícitos estava a alteração das folhas de frequência no sistema
informatizado da prefeitura para modificar a carga horária dos professores
contratados, o que aumentava as horas-aula, com a finalidade de gerar créditos
extras aos docentes, que posteriormente tinham que devolver esses valores aos
investigados no esquema.
O Diário do Nordeste entrou
em contato com a Secretaria da Educação do Município mas até a última
atualização da matéria não obteve retorno.
Os
servidores da Secretaria Municipal de Educação de Crateús Antônia Monalisa
Pinheiro Paz Chaves, Ana Cláudia Teles da Ponte e Luan Junho Araújo Feitosa
tiveram a prisão preventiva decretada.
A
investigação do MPCE apurou que Antônia Monalisa e Ana Cláudia, atuando na
chefia dos Recursos Humanos da Secretaria, estavam envolvidas em esquema
criminoso em que professores temporários contratados pelo Município eram
obrigados a repassar parte dos salários ou então teriam os contratos
rescindidos pela Prefeitura
Foram
cumpridos mandados de busca e apreensão na Secretaria de Educação de Crateús e
nas residências dos servidores Antônia Monalisa e Luan Junho, bem como no
domicílio de Maria Aparecida dos Santos Chaves e Ernandes Alves Pedro,
diretores de escolas municipais.
Os
dois diretores, Aparecida dos Santos Chaves e Ernandes Alves Pedrosão são
investigados por receber vantagens ilícitas das servioras Antônia Monalisa
Pinheiro Paz Chaves e Ana Cláudia Teles para permitirem que, nos respectivos
estabelecimentos de ensino, fossem lotadas pessoas que receberiam por horas
trabalhadas acima do que efetivamente cumpriam, sendo que os valores pagos
indevidamente seriam repassados para as servidoras da Secretaria de Educação.
A
Justiça decretou a quebra de sigilo dos celulares apreendidos na operação. Além
disso, foi solicitado o afastamento dos cinco servidores de seus respectivos
exercícios e o bloqueio de R$ 225.852,00 que se refere ao valor do prejuízo
causado pelo grupo ao município ao longo dos anos de 2018 e 2019.
A
investigação foi efetuada pelo titular da 4ª Promotoria de Crateús, promotor de
Justiça Lázaro Trindade de Santana. (Diário do Nordeste)
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