Tedros Adhanom afirmou que há esperanças para que haja uma vacina contra a Covid-19 até o final do ano Foto: CHRISTOPHER BLACK / WORLD HEALTH ORGANIZATION / AFP |
"Nós precisamos de vacinas. E há a esperança de que tenhamos uma até o fim deste ano. Há esperança", afirmou Tedros. Ele não especificou qual das candidatas em fases de testes poderia ser comprovada segura e eficaz.
O diretor-geral também afirmou que o comprometimento dos líderes mundiais é uma ferramenta importante para a distribuição igualitária das vacinas. "Nós precisamos uns dos outros, de solidariedade. Usaremos toda a energia que temos para combater o coronavírus", afirmou Tedros.
Segundo a OMS, existem 42 candidatas em testes em humanos e dez vacinas na terceira e última fase dos ensaios. Entre elas, está a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, em parceria com a AstraZeneca. A candidata está em testes no Brasil e deve ser produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A candidata produzida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech, também está em testes da fase 3 no país. Uma parceria com o Instituto Butantan, do Governo de São Paulo, prevê o envio de doses e a transferência de tecnologia para fabricação em território nacional.
Distribuição
A afirmação de Tedros Adhanom, no entanto, não faz referência direta à distribuição de uma vacina contra o novo coronavírus até dezembro de 2020. Em julho, o chefe do Programa de Emergências da OMS, Mike Ryan, afirmou que não há expectativas para a vacinação da população até o início de 2021.
A Organização Mundial da Saúde lidera a Covax Facility, uma aliança global para facilitar o acesso de países à vacinas contra a Covi-19. Atualmente, a iniciativa agrange nove candidatos a imunizantes.
O Brasil informou que decidiu integrar a Covax em 18 de setembro. A aliança reúne 168 países e planeja distribuir 2 bilhões de doses até o fim de 2021.
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