O primeiro caso de mucormicose associada à Covid-19 no Pará foi confirmada nesta quinta-feira (10) pela Secretaria de Saúde do Estado. As informações são do portal G1.
O diagnóstico é de um paciente idoso, com a idade não revelada, morador do município de Santana do Araguaia. Ele deu entrada no Hospital Regional de Conceição do Araguaia, cidade vizinha, aonde foi positivado para a Covid-19.
Após alguns dias internado ele melhorou e recebeu alta, segundo a Sespa. A pasta disse, no entanto, que dias após a liberação ele foi novamente internado devido a um mal-estar, quando recebeu a confirmação de mucormicose.
O idoso foi transferido para tratamento em São Paulo, mas ainda não há informações sobre o atual quadro clínico dele.
A secretaria aponta este como o quarto caso de mucormicose relacionada à Covid-19 registrado no Brasil. Outros 15 casos da infecção foram detectados, mas em pacientes que não estavam com a doença.
FATORES DE RISCO
Especialistas acreditam que a diminuição da imunidade pode desencadear casos de mucormicose. O quadro mata mais de 50% dos acometidos e muitos precisam passar por cirurgias para retirar partes do corpo afetadas.
Ouvido pelo programa Bem Estar, da Rede Globo, o infectologista Daniel Wagner Santos explica que, em muitos casos, o fungo pode apenas colonizar o indivíduo, sem causar problemas. No entanto, em uma pessoa doente e com as imunidades baixas, como os acometidos com a Covid-19, a invasão do patógeno pode ser grave.
Ele explica, ainda, que a contaminação ocorre pelas vias respiratórias, atingindo nariz, seios da face, faringe e pulmão.
SINTOMAS
"Maioria das vezes o quadro é como uma rinossinusite, uma renite, ou uma sinusite, que inicialmente é interpretada como viral, obstrução nasal, coriza e aquilo finalmente não vai se resolvendo como deve se resolver de forma espontânea e vai progredindo, causando dor na região nasal e no rosto", diz.
Como consequência de um agravo do caso, acrescenta o médico, o paciente pode apresentar um edema. "Em casos mais graves aquilo pode progredir para região ocular, causando uma propulsão do olho, e em casos piores pode progredir para o cérebro e finalmente para as partes mais baixas, sendo representadas pelos pulmões", explica.
Fonte: Diário do Nordeste
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