O acesso de pessoas a estabelecimentos comerciais e órgãos públicos do Ceará está liberado mediante apresentação do passaporte sanitário desde o ano passado. Uma nova regra, porém, indica que os locais devem exigir as três doses contra a Covid-19 caso o usuário já tenha atingido o limite de quatro meses para o reforço do imunizante.
Segundo decreto do último dia 29 de janeiro, publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), o público com pendência na dose de reforço (D3), mesmo estando apto a recebê-la, pode ser barrado em restaurantes, bares, barracas de praia, academias, hotéis e órgãos e entidades do setor público estadual.
"Constitui passaporte sanitário o comprovante, digital ou em meio físico, que ateste que seu portador completou o esquema vacinal contra a Covid-19, para a sua faixa etária, inclusive com a exigência da aplicação da terceira dose do imunizante, por seu público elegível", determina a medida.
Surpresa desagradável
Sem conhecimento do protocolo, a publicitária Maria*, de 26 anos, que preferiu não ser identificada, completou quatro meses desde a D2 neste mês de fevereiro, e "aguardava justamente a chegada do fim de semana para tomar a 3ª dose", já que sequer foi agendada para a aplicação. Antes disso, contudo, foi barrada no Detran neste sábado (19).
"Estive lá pra fazer a prova de carro há menos de duas semanas, imunizada com as duas doses, e deu tudo certo. Hoje, voltei pra prova de moto, e não fazia ideia de que não conseguiria entrar. Várias pessoas também foram barradas", relata.
Assim que foi impedida de entrar na sede do órgão para realizar o teste, a jovem entrou em contato com a autoescola responsável pelo processo de habilitação dela. A empresa afirmou que "infelizmente, o Detran não informa nada" e que, por isso, não orientou os alunos sobre a exigência.
Para dar continuidade à busca pela primeira habilitação, então, Maria* precisa pagar uma taxa por "falta" e aguardar a liberação de um novo agendamento - prolongando ainda mais o processo, que, devido à pandemia, já se estende por quase um ano.
"Eu acho a cobrança do passaporte corretíssima, é inclusive uma forma de incentivar as pessoas a buscarem não só a 3ª dose como a vacinação completa. Mas as pessoas precisam ser informadas com clareza", pontua.
Fonte: Diário do Nordeste
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